Por que o estresse ocupacional está cada vez mais comum?

Você sabia que o estresse ocupacional está entre as doenças de trabalho que mais provocam afastamento de profissionais?

Antigamente, quando falávamos sobre segurança do trabalho, era comum o foco em medidas de prevenção de doenças físicas como a Lesão por esforço repetitivo (LER), por exemplo.

Mas, hoje, os empregadores devem ficar atentos para proporcionar um ambiente de trabalho que preserve muito além da saúde física: é necessário priorizar também a saúde mental dos funcionários.

Por isso, evitar a ansiedade e estresse ocupacional dos colaboradores, ao lado da prevenção do desenvolvimento da Síndrome de Burnout, devem ser uma precedência nas empresas.

No texto a seguir, falaremos mais sobre como evitar o estresse ocupacional nas organizações. Confira!

 

O que é estresse ocupacional?

O estresse ocupacional é uma doença crônica desenvolvida pela tensão e pressão que um indivíduo sofre em sua ocupação profissional. 

São diversos fatores que podem levar uma pessoa a desenvolver o estresse ocupacional, por isso, muitas vezes o diagnóstico não é tão simples.

Mas de modo geral, é comum que uma pessoa que sofre de estresse ocupacional tenha também episódios de transtorno de ansiedade.

Nessa condição, a pessoa apresenta sintomas físicos e mentais, como desgaste físico e emocional, diminuição de produtividade, perda de concentração e outros sinais que podem fazer com que esse indivíduo tenha de ser afastado do trabalho de forma temporária ou até mesmo vitalícia, em casos mais agravados.

 

O que pode desencadear o estresse ocupacional?

Existem várias situações que podem desencadear ou agravar o estresse ocupacional, mas na prática, essa condição é muito particular. 

Isso porque cada indivíduo reage de forma diferente aos níveis de estresse em que são expostos.

Contudo, existem consensos em torno dos principais fatores de risco que são causas comuns observadas na rotina de muitas empresas e funcionários. 

Nesse caso, as pessoas podem desencadear o estresse ocupacional por um motivo único ou pela soma de vários fatores.

As causas mais comuns incluem problemas de relacionamento, conflitos na empresa, rotina de trabalho (jornadas longas e abuso de horas extras), falta de perspectiva de crescimento e atrasos salariais.

Todos esses fatores podem fazer com que o funcionário esteja exposto a uma rotina de bastante estresse e ansiedade no trabalho.

Além dos motivos que podem ocorrer dentro da empresa, os colaboradores podem apresentar estresse ocupacional também por consequência de problemas pessoais. 

 

Quais as consequências do estresse ocupacional?

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O estresse ocupacional tem como principal consequência o prejuízo à saúde. Nesse estado, o colaborador pode apresentar diversos sintomas físicos e psicológicos. 

Do ponto de vista de desempenho, essa condição afeta diretamente a capacidade de trabalho do colaborador, tanto pelo desgaste físico como também pela apatia, falta de motivação, irritação, tensão e ansiedade.

Em alguns casos, o estresse ocupacional se torna fator de risco para o desenvolvimento de outras doenças de trabalho, como LER, tensão muscular, DORT e até mesmo úlceras.

Um colaborador que está sofrendo com essa condição pode começar a apresentar atrasos frequentes e faltas injustificadas. 

 

Estresse ocupacional é sinônimo de Síndrome de Burnout?

Embora haja semelhanças entre as duas condições, o estresse ocupacional e a Síndrome de Burnout são problemas de saúde diferentes.

O estresse é uma reação fisiológica natural do ser humano em situações que exigem ou provoquem um ajuste ou adaptação comportamental.

Cada pessoa reage de forma diferente aos agentes estressores, seja no ambiente de trabalho ou em outras situações.

Diante de uma situação de estresse, o organismo apresenta picos de produção de adrenalina e cortisol, hormônios importantes para a sobrevivência, mas que em doses altas podem provocar sintomas.

Uma pessoa que está sob constante estresse pode apresentar sintomas como refluxo, doenças intestinais, insônia, alergias, doenças de pele e até mesmo aumento do risco de doenças cardiovasculares.

Para compensar o estresse ocupacional, muitas pessoas acabam perdendo qualidade de vida, com alimentação desequilibrada, sono inadequado e excesso de consumo de bebidas.

 

Síndrome de Burnout

A Síndrome de Burnout, desde janeiro de 2022, passou a fazer parte da lista de doenças ocupacionais reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Esse transtorno afeta homens e mulheres que estão expostos a situações de estresse constante ou prolongado no ambiente de trabalho.

Vários fatores podem levar um indivíduo a desenvolver o Burnout, como carga horária excessiva, conflitos no trabalho, excesso de responsabilidades, falta de reconhecimento e vários outros problemas de um ambiente de trabalho tóxico.

Em resumo, existem três elementos principais que caracterizam a síndrome e são levados em consideração no diagnóstico:

  • Exaustão: sensação de estar além de seus limites físicos e emocionais para lidar com as situações do trabalho, mesmo com férias ou licenças, o cansaço é permanente;

  • Ceticismo: desinteresse constante, pessimismo, falta de preocupação e insensibilidade. Essa condição pode causar conflitos nas relações de trabalho e na vida pessoal;

  • Ineficácia: caracteriza-se pela sensação de incompetência, em que a pessoa se sente improdutiva, desqualificada e sem reconhecimento.

Uma pessoa que apresenta estresse ocupacional não necessariamente desenvolverá a Síndrome de Burnout.

Mas é comum entre pacientes com a Síndrome de Burnout episódios anteriores de estresse.

 

Como tratar o estresse ocupacional?

Para tratar o estresse ocupacional, é importante buscar medidas para reduzir ou eliminar os agentes estressores e seus efeitos sobre o colaborador.

Afinal, para que o colaborador consiga se livrar dos sintomas causados pelo esgotamento físico e mental, é importante que ele não esteja em contato com os fatores de causa.

Por isso, é importante que o funcionário se sinta confortável para relatar aos líderes que está sofrendo estresse ocupacional.

A partir disso, a empresa poderá rever suas políticas internas e até mesmo encaminhar o colaborador para tratamentos complementares.

 

Como evitar o estresse ocupacional?

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Para evitar o estresse ocupacional, é importante que a empresa adote uma série de ações estratégicas para reduzir os fatores estressantes. 

Isso envolve desde um planejamento de plano de cargos e salários, ações para melhorar ergonomia no trabalho, evitar que os colaboradores façam horas extras, repensar escala de trabalho e medidas de segurança do trabalho, por exemplo.

Ou seja, é necessário preparar o ambiente de trabalho para que a jornada de trabalho seja saudável física e mentalmente para o colaborador.

O RH também deve atuar ativamente, conversando com os líderes e colaboradores, buscando feedbacks de melhorias e realizando pesquisas de clima organizacional.

Uma cultura organizacional forte estará sempre agindo para prevenir que o estresse ocupacional seja um problema na organização.

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Conclusão

O estresse ocupacional é uma condição que pode levar os colaboradores a apresentarem sintomas físicos e psicológicos, podendo evoluir para condições mais graves como a própria Síndrome de Burnout.

Por isso, é importante buscar medidas de prevenção e eliminar os fatores de estresse do ambiente de trabalho.

A segurança do trabalho, nesse caso, é fundamental para prevenção do estresse, pois é uma área que foca na saúde física e mental do trabalhador.

Além de prevenir doenças e acidentes de trabalho, existe uma norma regulamentadora (Nº17) que estabelece parâmetros para adaptações do ambiente do trabalho visando características psicofisiológicas dos trabalhadores, para proporcionar o máximo de conforto, segurança e desempenho.