Quem pode executar trabalho a quente?

Por causa do grande risco de incêndios e explosões, o trabalho a quente exige capacitação profissional para a sua realização. Além disso, exige também uma série de medidas preventivas para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente nas atividades.

Ambas as exigências são previstas tanto na NR 34 quanto na NR 18, normas do Ministério do Trabalho que estabelecem os requisitos mínimos para um ambiente de trabalho seguro nas atividades da indústria de construção, reparação e desmonte naval.

O que é trabalho a quente?

Como o próprio nome sugere, trata-se de toda a atividade que envolve corte, queima, desbaste, solda entre outras operações capazes de causar aquecimento, centelhas, chamas e outras fontes de ignição. O trabalho a quente engloba os seguintes profissionais:

  • Soldadores;
  • Esmerilhadores;
  • Lixadores;
  • Observadores;
  • Goivadores;
  • Funileiros.

Trabalho a quente: requisitos mínimos para exercer a atividade

Como expõem os trabalhadores a riscos de incêndios e explosões, essas atividades devem obedecer a uma série de medidas preventivas. Elas têm como principal objetivo assegurar a saúde, o bem-estar e a integridade física do trabalhador.

Inspeção preliminar

Tal medida estabelece que antes do início das atividades deve ser feita uma inspeção no ambiente de trabalho, com a finalidade de verificar que toda a área esteja limpa, seca e sem a presença de materiais combustíveis, inflamáveis, contaminantes ou tóxicos.

Além disso, a inspeção preliminar também estabelece que o local só seja liberado para atividades que envolvam trabalho a quente após ser constatado que no ambiente ou seus arredores não exista nenhuma outra atividade incompatível.

Capacitação profissional

Ademais, os colaboradores envolvidos com o trabalho a quente também devem possuir treinamento profissional.

Além da formação específica (soldador, esmerilhador, observador), o profissional deve se submeter a treinamentos periódicos que envolvem análise de riscos, formas de prevenção de acidentes com soldas e radiações não ionizantes, fumos metálicos entre outros agentes químicos decorrentes da atividade.

Proteção contra incêndio

Já a proteção contra incêndio faz parte das responsabilidades do empregador. Ela prioriza uma série de medidas protetivas nos ambientes onde são realizados trabalho a quente, como por exemplo:

  • Eliminar ou reduzir os riscos de incêndios;
  • Instalar proteções físicas contra fogo que evitem o contato direto do profissional com respingos, fagulhas, materiais combustíveis ou inflamáveis;
  • Bloquear circulação de pessoas não autorizadas no local;
  • Proibir atividades incompatíveis no local;
  • Oferecer sistema de combate a incêndio específico para o tipo de agente manipulado no ambiente.

E por falar em trabalho a quente, não perca a oportunidade de conhecer também as medidas de segurança em caldeiras.