Gases tóxicos: o que são, tipos e como evitar contaminação?

Os gases tóxicos estão presentes em várias atividades industriais e seus efeitos nocivos diariamente colocam em risco a saúde e a vida de diversos trabalhadores. Por isso, tais substâncias merecem atenção especial no setor de medicina e segurança do trabalho, de forma a evitar doenças e acidentes ocupacionais.

Afinal, o que são gases tóxicos?

De acordo com a NR 15, compreendem-se como gases tóxicos todas as substâncias presentes nas atmosferas de ambientes de trabalho, capazes de causar acidentes e/ou doenças ocupacionais.

Essas substâncias são provenientes de atividades industriais tais como soldas, mineração, trabalhos em ambientes confinados, petróleo e gás entre várias outras. Ao serem inaladas ou ao entrarem em contato com a pele ou com os olhos dos colaboradores causam danos diversos, que vão desde irritações a cânceres.

Ainda segundo a norma regulamentadora nº 15, os gases tóxicos são divididos de acordo com seus potenciais riscos para a saúde do trabalhador, conforme você confere a seguir:

Gases irritantes

Os gases irritantes produzem efeitos nocivos ao sistema respiratório do trabalhador, por meio da inalação. Em altas concentrações podem até causar queimaduras químicas, irritações e infecções nos olhos e na pele. Os gases irritantes são classificados conforme a sua solubilidade em água:

  • Altamente solúveis: formaldeído, amônia, cloro, cloreto de hidrogênio, dióxido de enxofre;
  • Pouco solúveis: fosgênio e dióxido de nitrogênio.

Conforme o tempo de exposição a tais substâncias, os trabalhadores podem apresentar os seguintes sintomas:

  • Tosse crônica;
  • Rinite;
  • Cefaleia;
  • Conjuntivite de repetição;
  • Faringite e laringite;
  • Bronquite;
  • Vermelhidão da pele (eritema);
  • Queimadura da pele e dos tecidos dos olhos.

Gases asfixiantes simples

Já os gases asfixiantes são aqueles que comprometem os níveis de oxigênio no local e por causa disso, podem causar falta de ar e sufocamentos. São exemplos de gases asfixiantes simples:

  • CO2 (dióxido de carbono);
  • Metano;
  • Propano;
  • Butano.

Quanto aos efeitos da exposição a esses gases tóxicos, os sintomas incluem:

  • Tontura;
  • Dor de cabeça;
  • Sonolência;
  • Fraqueza;
  • Náuseas;
  • Falta de ar;
  • Danos ao sistema nervoso.

Gases asfixiantes químicos

Ao contrário dos gases asfixiantes simples, os gases asfixiantes químicos não apenas reduzem os níveis de oxigênio no espaço impedindo a sua inalação. Eles também impedem que o organismo transporte oxigênio para os tecidos e podem matar em poucos minutos.

  • Monóxido de carbono;
  • Cianeto;
  • Gás sulfídrico;
  • Sulfeto de hidrogênio.

Os sintomas da exposição a esses agentes incluem os já citados anteriormente, acrescidos de sufocamento e parada cardíaca. Se a vítima não for socorrida imediatamente, ela pode vir a óbito.

Como evitar contaminação por gases tóxicos?

Sem dúvida alguma a melhor forma de evitar contaminação por gases irritantes ou asfixiantes é com o uso adequado de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). Entre eles, destacam-se os principais:

  • Máscaras com filtros;
  • Óculos de segurança;
  • Toucas e capacetes;
  • Luvas emborrachadas;
  • Aventais em PVC;
  • Botas de segurança.

Detectores de gases

Alguns gases tóxicos podem ser percebidos pelo funcionário, enquanto outros são inodoros e por isso difíceis de serem detectados no ambiente. O monóxido de carbono, por exemplo, é uma substância que não possui cheiro nem cor, mas é altamente tóxica e pode levar à morte.

Nesse sentido, a instalação de detectores de gases no ambiente é de fundamental importância. Esses aparelhos identificam a presença de gases tóxicos no local e ajudam a monitorar seus níveis, possibilitando um trabalho muito mais seguro.

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